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Liga Anti Mosquito reforça por mais um ano combate ao Aedes aegypti na Capital

O combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya –  será reforçado mais um ano com apoio da rede de supermercados Comper.  Na manhã deste sábado (06), ocorreu o lançamento da décima terceira edição da Liga Anti Mosquito, que irá mobilizar colaboradores e, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), realizar ações de bloqueio e orientação nas lojas da rede.

Até o dia 20 de março os colaboradores  estarão mobilizados no combate ao mosquito Aedes aegypti. Aos sábados a equipe do serviço de Educação Permanente da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) estará com stand percorrendo os estabelecimentos realizando a orientação dos clientes e auxiliando na vistoria técnica dos locais.

Especialmente nos meses de fevereiro e março, onde historicamente há um volume maior de chuvas, é necessário uma atenção especial para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, mas os cuidados precisam ser diários para se manter livre da dengue, zika e chikungunya, principais doenças transmitas pelo vetor. O alerta é feito na manhã  pelo prefeito Marquinhos Trad.

“É preciso a colaboração de toda a população. Temos que ter a consciência de que é necessário cada um fazer a sua parte. É muito importante mantermos nossos quintais limpos, evitar que haja acúmulo de materiais e objetos que possam servir de criadouros para o mosquito. É um exercício diário de coletividade e muito importante para evitar que as pessoas adoeçam, tendo em vista que o aumento na infestação de mosquitos é uma consequência da falta de cuidados. Os levantamentos nos mostram que 80% dos focos do Aedes aegypti ainda são encontrados dentro das casas das pessoas”, destaca o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, endossa o pedido de atenção à população, principalmente nesta época do ano onde já é esperado um aumento na proliferação dos mosquitos em razão das chuvas frequentes.

“Hoje nós vivemos uma situação um tanto quanto particular, temos que lidar não só com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue,zika e chikungunya que, justamente neste período de chuva,  têm um aumento significativo, mas também com a pandemia da Covid-19. Nossa região é considerada endêmica para as chamadas arboviroses e, portanto, nós precisamos redobrar os cuidados”, diz.

As notificações de casos de dengue caíram 96% durante o mês de janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado em Campo Grande. Durante o mês de janeiro, foram registradas 154 notificações de casos suspeitos de dengue na Capital, enquanto no mesmo período do ano passado foram 3.718 casos registrados da doença.

Dengue

A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.

Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde.

Chikungunya

Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

Zika

Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

 

De: PMCG, foto: Roberto Higa