O Ministério da Saúde retirou a população carcerária da lista de grupos prioritários para tomar a vacina contra a covid-19, segundo coluna do jornal O Globo. A decisão não teve o aval da responsável pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal.
Em nota enviada nesta quarta-feira (9) ao Yahoo, o Ministério da Saúde afirma que o “Plano de Nacional de Imunização ainda é preliminar, e o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases podem sofrer alterações”.
“A definição de grupos de risco (e posteriormente de grupos prioritários para serem vacinados) depende dos estudos epidemiológicos e dos resultados da fase III de cada vacina, que definirão a bula do imunológico. É importante ressaltar que os grupos prioritários ainda estão sendo definidos pelo Ministério da Saúde”, explica a nota.
Além disso, a pasta argumenta que não há justificativa técnica para a inclusão dos presos entre os grupos prioritários.
“O Brasil e o mundo ainda carecem de mais estudos quanto à taxa de transmissibilidade e de letalidade para que se justifique a priorização do grupo daqueles privados de liberdade. Além disso, a inclusão de outros grupos prioritários ocorrerá à medida em que mais doses e vacinas sejam disponibilizadas – após licenciamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos acordos de aquisição de vacinas”, diz.
No entanto, a quarta fase do plano de vacinação divulgado na semana passada pelo ministério prevê a imunização de funcionários do sistema prisional. Segundo o jornal O Globo, os detentos também seriam incluídos nesta etapa.
Fonte: Yahoo