Pesquisadores do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas (MS), tiveram um novo projeto aprovado no edital MS Carbono Neutro. Com o nome “Inventário de gases de efeito estufa (GEE) do setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul e medidas de mitigação”, da pesquisadora Luiza Paula da Conceição Lopes, a pesquisa vai receber mais de R$ 140 mil para ser desenvolvida.
Este é o segundo projeto do Senai aprovado no edital. Ele havia ficado, juntamente com outros sete das demais instituições em lista de espera, na primeira fase. Desta vez, as oito pesquisas visando o desenvolvimento de tecnologias direcionadas a mitigação dos gases do efeito estufa irão receber mais de R$ 4 milhões. Os recursos são do governo do Estado e integram edital da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect).
De acordo com a pesquisadora do ISI Biomassa, Luiza Paula, o valor custeará uma pesquisa inédita no Mato Grosso do Sul e no Brasil, pois realizará o mapeamento de gases de efeito estufa no setor Sucroenergético, um dos principais setores produtivos do Estado.
“Além disso, o recurso será aplicado em todas as atividades do projeto, desde viagens as usinas para mapeamento in loco, coleta e identificação dos gases gerados, na contratação de bolsistas, que realizarão o levantamento dos dados e a avaliação da cadeia produtiva”, ressaltou Luiza.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, explicou que, diante da relevância das demais propostas apresentadas e que não puderam ser contempladas devido à limitação de recursos, o governador autorizou a liberação de mais R$ 4 milhões. “Seria ruim para Mato Grosso do Sul não acesso a esse conhecimento”, acrescentou Verruck, reforçando a meta de chegar em 2030 como Estado Carbono Neutro.
Primeira fase
Na primeira fase do edital, a proposta intitulada “Forest4fuel”, idealizada pelo pesquisador industrial do ISI Biomassa Tiago Hendrigo de Almeida, foi contemplada. O projeto visa obter combustíveis de alto desempenho a partir do aproveitamento de resíduos de biomassa florestal de eucalipto da indústria de polpa celulósica. A Fundect liberou recursos da ordem de R$ 610 mil para apoio à pesquisa.