A Pfizer anunciou que irá pedir nesta sexta-feira (20) a agências reguladoras dos Estados Unidos uma autorização de uso de emergência para sua vacina contra Covid-19 no país. (Correção: o G1 errou ao informar, com base em nota da agência Reuters, que a Pfizer já havia entrado com o pedido nesta sexta-feira. A empresa na verdade anunciou que ainda vai entrar com o pedido nesta sexta. A informação foi corrigida às 12h20 desta sexta.) A solicitação ao órgão regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), virá poucos dias depois de a Pfizer e sua parceira alemã BioNTech anunciarem resultados de testes finais, da chamada fase 3, que mostraram que a vacina é 95% eficiente na prevenção da Covid-19 sem grandes problemas de segurança (leia mais sobre o anúncio ao fim da reportagem). As ações da Pfizer subiram 2% e as da BioNTech 5% após a notícia de que a vacina pode estar disponível em breve, o que criou a esperança de um fim da pandemia que já matou mais de 250 mil vidas nos EUA e mais de 1,3 milhão em todo o mundo. A vacina da Pfizer também está sendo avaliada há semanas por União Europeia, Austrália, Canadá, Japão e Reino Unido. As empresas acreditam que a FDA concederá a autorização em meados de dezembro, o que pode possibilitar que as doses sejam enviadas quase de imediato. A Pfizer disse crer que terá 50 milhões de doses da vacina prontas neste ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas. Um comitê de aconselhamento da FDA cogita se reunir entre 8 e 10 de dezembro para debater a vacina, disse uma fonte à Reuters, ressaltando que as datas ainda podem mudar. Os dados do teste final revelaram que a vacina proporcionou um nível de proteção semelhante em idades e etnicidades diferentes – um sinal promissor, dado que a doença afeta desproporcionalmente idosos e minorias. Conclusão da fase 3 No dia 18, a Pfizer e o laboratório alemão BioNTech anunciaram a conclusão dos testes da fase 3 da candidata a vacina contra Covid-19 desenvolvida por eles, a BNT162b2. Os resultados mostraram que a eficácia alcançada foi de 95% na prevenção à doença, e não houve efeitos colaterais graves. Veja, abaixo, os principais pontos do anúncio: A Pfizer analisou os dados depois de 170 participantes terem Covid-19 Dessas 170 pessoas, 8 tomaram a vacina experimental e 162 receberam o placebo (uma substância inativa) Os testes envolveram 43.661 voluntários distribuídos entre Estados Unidos, Brasil, Argentina, Alemanha, Turquia e África do Sul A eficácia observada em adultos entre 65 e 85 anos foi superior a 94% A eficácia começa após 28 dias da aplicação da primeira dose da vacina Entre os efeitos colaterais, 3,8% apresentaram fadiga e 2% tiveram dor de cabeça Os dados que a farmacêutica anunciou ainda não foram publicados em revista científica A vacina da Pfizer é aplicada em duas doses. Fonte: G1
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