O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (22) que todo o Estado ficará na Fase Vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva do programa de regras das medidas devido à Covid-19, entre os dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro. Nesta modalidade, só os serviços essenciais estão autorizados a funcionar no período de Natal e Ano-Novo.
Segundo o governo, a região de Presidente Prudente foi reclassificada para a Fase Vermelha até o dia 7 de janeiro. Nesta data, será reanalisada a situação para nova classificação do Plano SP em todo Estado. Na região que retornou ao vermlho, a ocupação de leitos estaria em 83%.
“É com esse espírito que temos que finalizar esse ano colocando a mão na nossa consciência e entendo que, infelizmente esse ano, entre o Natal e Ano Novo, não estamos em um momento de festas”, disse a secretária do Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.
O governo anunciou também que nenhuma região do Estado será reclassificada para Fase Verde, a mais moderada do plano, em janeiro.
A secretária Patrícia Ellen também abordou os motivos de as restrições não atingirem os demais dias do fim de ano, como o dia 24, véspera de Natal.
“Nosso objetivo aqui é conter festas e aglomerações. E outro ponto que nós vimos é que as grandes aglomerações de comércio foram nesses últimos finais de semana. Tipicamente, dia 24 não é o dia mais cheio. Até o dia 23, todo mundo aproveita para fazer as compras, e dia 24 tipicamente é um dia mais tranquilo”, avaliou.
“Nesse momento, entendemos que essas são as medidas que precisavam serem tomadas para diminuir a velocidade de transmissão do vírus e diminuir as perdas ocasionadas pelo vírus”, afirmou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do governo.
O coornador executivo do Centro de Contigência, João Gabbardo, disse que o Estado está “tomando medidas duras” e que mesmo sabendo do “sacrifício” que todos estão fazendo, é necessário “optar pela segurança”.
“Essas medidas que estamos tomando são medidas duras. Nenhum de nós aqui gosta de tomar medidas duras. A gente sabe o sacrifício que todos estão fazendo, a gente sabe o sacrifício que setores da economia têm enfrentado nesse período. Mas nós temos que fazer a opção pela segurança, por não corrermos riscos. Mesmo com esses dados que foram mostrados, não podemos correr o risco de dentro de 4 semanas estarem com esses indicadores que a Europa apresenta nesse momento”, afirmou.
Segundo o governo, nas últimas quatro semanas houve aumento de 54% de casos, 34% de óbitos e 13% de internação em São Paulo. Até o momento, são mais de 1,3 milhão de diagnósticos e 45.395 mortes por Covid-19.
Fonte: Yahoo
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