Saúde

Estado de SP volta a ter mais de 10 mil pacientes internados por Covid-19; aumento é de 44% em um mês

Foto: Nelson Almeida/AFP

Número total de pacientes com suspeita ou confirmação da doença era de 6.997 no dia 1º de novembro, e subiu para 10.114 nesta terça-feira (1). Taxa de ocupação de leitos de UTI está em 52,7% no estado e 59,7% na Grande São Paulo.

O número total de pacientes internados por Covid-19 no estado de São Paulo voltou a ficar acima de 10 mil nesta terça-feira (1) após mais de dois meses. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, são 10.114 pacientes com suspeita ou confirmação da doença em toda a rede de saúde, sendo 5.834 em enfermaria e 4.280 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

O valor é 44% maior do que o registrado há um mês, quando 6.997 pacientes estavam internados em leitos destinados para a Covid-19 no dia 1º de novembro. Análise feita pelo G1 com dados oficiais divulgados pela secretaria mostra que o estado não registrava mais de 10 mil internações desde o dia 20 de setembro, quando 10.013 pacientes ocupavam leitos (o levantamento desconsidera o período entre 6 e 10 de novembro, quando os dados não foram divulgados).

No dia com o maior número de internados durante a pandemia, 14 de julho, o estado chegou a ter 15.289 pessoas internadas com Covid-19 em hospitais.

Nesta terça-feira (1), o estado chegou a 42,2 mil mortes e 1,25 milhão de casos confirmados de coronavírus desde o início da pandemia. A média móvel diária de mortes é 119; e de casos, 4.964.

A taxa de ocupação em leitos de UTI em toda a rede voltou a subir e está em 52,7% no estado e 59,7% na Grande São Paulo. Hospitais particulares, no entanto, já registram ocupação de 84% no estado.

Restrições da quarentena

O governo de São Paulo decidiu nesta segunda-feira (30) colocar todo o estado na fase amarela do plano de reabertura econômica, reduzindo as flexibilizações para tentar conter o avanço do coronavírus. A medida, no entanto, foi criticada por só ter sido tomada no dia seguinte ao segundo turno das eleições.

Profissionais de saúde já alertavam para o aumento das internações em São Paulo desde a primeira quinzena de novembro. A gestão estadual, no entanto, não aumentou as restrições de circulação e adiou a reclassificação da quarentena sob a justificativa de que o apagão de dados após problemas em sistema no Ministério da Saúde prejudicou a análise de casos e mortes.

O próprio governo, no entanto, já havia admitido aumento de 18% nas novas internações. Nesta segunda-feira (30), a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, afirmou que houve mais m aumento de 7% nas novas internações na última semana.

O indicador é diferente do número total de pacientes internados, uma vez que os doentes podem permanecer no hospital por vários dias.

O governo marcou uma reunião com prefeitos de 62 municípios que apresentaram piora nos índices para definir estratégias. Devido às altas taxas de ocupação de leitos em suas cidades, prefeitos do ABC paulista já decidiram tomar medidas mais restritivas do que as permitidas na fase amarela.

O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que o governo vai intensificar a fiscalização para evitar aglomerações.

Fonte: G1