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Cogumelo is the new picanha

Por  Mila Markus
A fungicultura é a atividade rural do momento e chama a atenção de produtores e consumidores em Campo Grande.
Publicações especializadas confirmam: 2023 é o ano da redescoberta dos fungos. Eles estão por toda parte, na moda, na indústria. Na gastronomia, cresce o interesse por eles como alimento funcional. Grandes marcas como Nike e Adidas já investem no couro feito de cogumelos; a indústria de construção e design está de olho no desenvolvimento de materiais leves, resistentes e sustentáveis para fazer móveis e até casas.
Mas é na alimentação que registra-se a maior expansão do mercado da fungicultura.  A sensação do momento são os pratos feitos com cogumelos, que são os corpos de frutificação dos fungos. Desde os mais clássicos e conhecidos, como o Champignon de Paris, o Shitake e o Shimeji; até as novidades que estão deixando os mais antenados ao mundo da gastronomia em polvorosa, como o Juba de Leão e o Maitake.
PRODUÇÃO LOCAL, ECONOMIA CIRCULAR
Conforme a curiosidade e as descobertas sobre os fungos fantásticos aumentam, aumenta também o mercado consumidor: estima-se um crescimento de 9% ao ano somente no ramo alimentício. Nos últimos 20 anos, o Brasil quintuplicou o consumo de cogumelos de aproximadamente 50g para 288g por habitante/ano. Muito longe ainda dos 4kg/ano na Alemanha e 8kg/ano na China, mas o suficiente para animar quem está de olho em negócios rurais inovadores e promissores.
Atuando em Campo Grande desde 2018, a Cogumelos do Oeste é um exemplo de quem aproveitou para surfar a onda dos cogumelos. A empresa familiar cultiva cogumelos do tipo shimeji branco reaproveitando resíduos industriais e agrícolas como bagaço de cana e capim. Ao fim do processo, toneladas de resíduos são transformadas em centenas de quilos de cogumelos que são vendidos in natura diretamente no mercado local. Os clientes saem ganhando: produto mais barato e com qualidade superior, além de todos os benefícios trazidos pela contribuição com a economia e a sustentabilidade locais.
INOVAÇÃO E PIONEIRISMO NA CIDADE MORENA
Hoje, a capital do Mato Grosso do Sul já possui fungicultores que além de cultivar, distribuem e disseminam a cultura do cogumelo por todo o estado. Usando tecnologia de climatização e o manejo local de insumos, este tipo de produção mostrou-se não apenas possível, como totalmente viável e rentável até mesmo em um clima como o nosso, quente e seco. Com dedicação e uma boa dose de empreeendedorismo, os entusiastas da fungicultura seguem na difícil e prazerosa tarefa de desbravar o caminho e desvendar para os campo-grandenses o maravilhoso mundo dos fungos!
MILA MARKUS
MILA MARKUS
@cogumelosoeste
Whatsapp para pedidos: (67) 9.9650-0707
Foto: Divulgação