Por Silvia Schmidt
Olá! Estamos de volta! Senti falta de escrever, fico o tempo todo procurando um enfoque que seja interessante e confesso fiquei meio incompleta.
Sobre o título? Não, não vamos tratar de assuntos científicos e/ou imaginativos…vamos falar da viagem no tempo das nossas memórias, daquelas viagens (sejam quais forem) que deixaram uma marca em nosso coração.
Certeza de que cada um tem uma, uma época, uma pessoa (as) que transformou o ato de viajar em um momento inesquecível… meio que cheiro de pão recém assado – você sente o aroma e é transportado a outro lugar.
Quando eu soube que essa edição da revista será a de nº 400 imediatamente pensei em tudo que se passou nesses anos todos e como é importante não nos esquecermos – não é viver do passado – é valorizar aquelas emoções e transportá-las ao presente.
Ok, foco, turismo…
Vamos lá, essa semana tive o prazer de passar por uma estrada que fez parte da minha vida toda e que por motivos logísticos ficou no esquecimento –trata-se da rodovia que liga Bonito à Aquidauana. Minha infância foi marcada por esse trajeto –era uma festa – de Bonito a Aquidauana – 120 km, estrada de chão – areia, carros lentos, entendeu? Sem chuva e atolamentos levávamos quase o dia todo para percorrer – e não havia paradas para o cafezinho, então como nos alimentávamos?
Agora vem a tal da lembrança – sabe aquelas Tupperware verde com tampa? Cheia de frango com farofa! Pensa numa lembrança deliciosa, nossos pais conseguiam fazer com que algo que poderia ser extremamente desagradável se tornasse em uma aventura excitante, a começar por permitir que viajássemos no “chiqueirinho do fusca” (sim podia…heheh)
Tinha tudo para ser ruim, estrada, carro, poeira, calor, mas não, era aventura pura. Então caro leitor, não espere tudo ser perfeito – viaje, para onde for, aproveite tudo, crie lembranças em seus filhos (boas lembranças, afinal é o que nos resta).
Encontre a sua Tupperware de frango com farofa – e uma Tubaína quente para acompanhar – traga essa lembrança para o presente, dê risada de si mesmo, transmita esse sentimento para alguém. E, se quiser conhecer a tal estrada (in)felizmente está praticamente toda asfaltada, perdeu um pouco o charme? Talvez, mas pelo menos as pontes são melhores, mas venham logo pois ainda não tem onde parar e você pode se permitir trazer aquele franguinho, que tal? Ok, pode trazer a bebida gelada.
Como diz o poeta Almir Sater, “A saudade é uma estrada longa”.
Até a próxima, um excelente 2024 a todos e mais 400 edições à Destaque On
